No nosso último estudo, falamos sobre a Igreja Visível
e a Igreja Invisível. Agora vamos adentrar nas marcas ou sinais que qualificam
essas duas realidades da igreja. Primeiramente, vejamos as marcas da Igreja Invisível:
1.
UNIDADE – Essa unidade é caracteristicamente espiritual. É a unidade do corpo,
o corpo místico de Jesus Cristo, de que todos os crentes são membros. Essa
marca se impõe na Igreja Visível através da realidade da unidade vivenciada:
uma só fé, do só Senhor, um só Espírito e um só Batismo. Isso mostra que a
Igreja Visível e a Igreja Invisível não são realidades paralelas, mas parte da
mesma realidade. A Igreja Visível encontra-se a caminho de sua expressão
máxima: que é a Igreja Invisível. E a Igreja Invisível encontra-se em sua
expressão presente: a vivência do Evangelho pela Igreja Visível. Na semente,
encontra-se a grande árvore! Estamos sendo germinados pelo Espírito Santo.
Revelando a cada dia o que seremos em plenitude.
2.
SANTIDADE – A Igreja Visível é formada por “santos mais ainda não perfeitos”, ou
melhor, “santos a caminho da perfeição”. Em Cristo, somos santos. Em novidade
de vida, temos santidade. Essa é a expressão em nós da Igreja Invisível. Muitos
ficam confusos com essa realidade. Outros consideram um absurdo alguém se
declarar “santos”. Eles consideram o termo “santo” como sinônimo de
“perfeição”. A santidade da igreja visível é a expressão da Igreja Invisível
que somos. Visivelmente a santidade se revela como vida devotada a Deus. É a
Igreja Invisível se impondo sobre nossa pecaminosidade e nos conduzindo a
sermos a Igreja Visível do Senhor.
3.
CATOLICIDADE – A Igreja em todo lugar e de todo lugar e de todas as épocas como
expressão da fé verdadeira de forma a gerar identidade, comunhão e confissão.
Jamais prisioneira de instituições, nação, governo ou movimento. Mas
transformadora de instituições, nações, governos ou movimentos.
Quanto a Igreja Visível, ela deve possuir as seguintes
marcas ou sinais:
1.
PREGAÇÃO VERDADEIRA DA PALAVRA DE DEUS – Isso não significa que não se possa encontrar algum
erro de interpretação. Caso ocorra, a Bíblia deve ser o arbitro para o retorno
a fiel exposição. Significa, contudo, que a Igreja está comprometida em pregar
de forma fiel as verdades fundamentais de forma a promover a verdadeira fé e
prática cristã. Essas verdades estão contidas na Palavra. A fiel pregação da
Palavra requer fidelidade à Palavra.
2. ADMINISTRAÇÃO CORRETA DOS SACRAMENTOS – Isso significa
que os Sacramentos devem ser ministrados em concordância com a Palavra e juntamente
com a Palavra. Os Sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor devem ser
administrados por legítimos ministros da Palavra de acordo com a instituição
divina e somente aos crentes e a seus filhos. Era a marca da Igreja Primitiva e
deve ser nossa marca hoje.
3. O EXERCÍCIO FIEL DA DISCIPLINA – É muito
estranho que muitos tentem fugir dessa marca característica da Igreja. Se a
igreja é o rebanho do Senhor, não se pode imaginar que o cajado do pastor não
esteja sob a ovelha desobediente. Conheço pessoas que foram disciplinadas em
determinada igreja e recebidas no outro dia em outra. Já presenciei pessoas que
são pessoas excelentes até serem repreendidas pela disciplina. No outro dia,
mostram-se como maldosas, impertinentes e julgadoras. O pior é quando o
disciplinado diz: “Se eu vou sou disciplinado, deveria disciplinar muitos da
igreja que se faz de santos”. Esse bloqueou a fonte da graça em sua vida! Vi,
contuto, a graça de Deus restaurar vidas através da aceitação da fiel
disciplina. O exercício fiel da disciplina é um chamado para a liderança da
igreja manter-se atento para o seu cumprimento. Deve disciplinar sim! Por outro
lado, o exercício fiel da disciplina pode significar a aplicação da forma
correta e bíblica da disciplina: para salvar o pecador e proteger a igreja.
São apenas seis
características que se entrelaçam e misturam a Igreja Visível com a Igreja
Invisível e tornam os crentes um corpo bem ajustado para a glória de Deus. O
mundo olhará e dirá: “Vi Jesus, pois enxerguei sua igreja”!
Rev. Lucas Guimarães
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Texto disponível em: Igreja Vitória